martes, 25 de agosto de 2015

Carlos Abiajaodi fala sobre a necessidade de acordos comerciais







O diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, participou da visita oficial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Para ele, os principais pilares na relação comercial entre os dois países devem ser a possibilidade de um acordo de livre comércio; o fim da bitributação; e, por fim, a facilitação de vistos de entrada nos dois países.

Um conjunto de regras estável e transparente para regular mercados é fator intrínseco a um bom ambiente de negócios. No contexto internacional, a compatibilidade entre essas regras serve de estímulo ao comércio e investimentos entre países. Com o intuito de ampliar o intercâmbio econômico entre o Brasil e os Estados Unidos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçou a necessidade da construção de uma agenda de cooperação regulatória que simplifique processos e regras para que empresas brasileiras e norte-americanas ampliem o volume de negócios nos próximos anos.

A convergência da regulação e seu impacto sobre os setores privados dos dois países foi tema do seminário Cooperação Regulatória Brasil-EUA, realizado pela CNI, nesta quinta-feira (18), em Brasília. Esse é um ponto crucial na discussão de um eventual acordo comercial com os Estados Unidos, proposta considerada prioritária pela indústria brasileira. “A redução de divergências desnecessárias em regulamentos pode trazer mais crescimento e competitividade para fluxos de comércio”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, na abertura do evento.

DIÁLOGO – O seminário faz parte dos encontros preparatórios, entre governo e setor privado, para a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, marcada para o fim de junho. No evento, representantes do setor privado destacaram a necessidade de ampliar a cooperação como forma reduzir o impacto de barreiras não tarifárias sobre a exportação de produtos brasileiros, que não se enquadram a regulamentos ou padrões exigidos por outros países.

O diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Márcio Lima, adiantou que avanços nessa agenda devem ser anunciados durante a viagem presidencial. Segundo ele, o governo tem mapeado setores da economia brasileira interessados em harmonizar regras e regulamentos entre Brasil e Estados Unidos para que possam ampliar o comércio bilateral nos próximos anos. “A convergência regulatória é plano A dentro do governo, não é plano B. Isso deve ser parte de um diálogo mais amplo entre os dois países”, disse.